tag:blogger.com,1999:blog-88296602992991423452024-02-02T01:55:03.903-08:00' t h i a L O g o ;O menino velho, olhando para o espelho e vendo um reflexo imperfeito. Músicas, trechos de livros, falas cômicas e situações embaraçosas. Let's dance by ourselves. ;*'Thialogo.http://www.blogger.com/profile/00881003747682490426noreply@blogger.comBlogger8125tag:blogger.com,1999:blog-8829660299299142345.post-26939876800872740992011-03-30T10:38:00.000-07:002011-03-30T11:32:26.618-07:00Pessoas são Mundos.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUL6JhdSa_HrZ7mCLqLYRf_S2d7CDkTHIU031gSFgvrXIUxiAN_L_Th6wONRZ_A1nSGYc0xSuDGa7DSyfVIdxUGV9_jTr4hMgBN7e5cELOHp7nwoNCyUHlHi8zRcr2hiays3dABVLZ5zM/s1600/10415mundo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUL6JhdSa_HrZ7mCLqLYRf_S2d7CDkTHIU031gSFgvrXIUxiAN_L_Th6wONRZ_A1nSGYc0xSuDGa7DSyfVIdxUGV9_jTr4hMgBN7e5cELOHp7nwoNCyUHlHi8zRcr2hiays3dABVLZ5zM/s320/10415mundo.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Esses últimos dias não têm sido muito fáceis, e sim, talvez eu esteja mesmo reclamando de barriga cheia. Quero dizer, aconteceram tantas coisas boas... No período do carnaval, estive em uma confraternização de jovens espíritas e, ao lado deles, adquiri muitos aprendizados, ferramentas que me serão muito úteis ao longo da minha jornada. Além disso, fiz muitos amigos, pessoas que, mesmo usando todas as palavras do mundo, não seria fiel em descrever os valores de cada um deles. Mas acho que minha principal conquista foi a renovação da minha fé em diversos pontos, e a coragem da qual me abasteci para continuar caminhando.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Enfim, não há do que reclamar. Eu estou indo para a universidade federal em Agosto e, apesar de estar com o peso no coração por saber que isso significa, de certa forma, me separar de todas essas coisas boas que conquistei, eu sei que isso também significa a continuidade da minha jornada e, portanto, o melhoramento do meu ser. Mas... por que continuo tão infeliz?</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">A resposta não está tão clara como eu gostaria, mas eu sei que o conflito é interno.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Como eu disse, nessa confraternização eu fiz muitos amigos. É incrível como, em tão pouco tempo, nós nos tornamos tão próximos, e eu aprendi a ter um carinho especial e um respeito extremo por cada um deles. E bom, como é de se esperar, nós continuamos amigos mesmo depois do evento. Já tivemos alguns encontros desde então, e o mais recente foi no show do <a href="http://twitter.com/VozesEternas">Vozes Eternas</a> e da minha banda espírita favorita, o <a href="http://www.gan.com.br/">GAN - Grupo Arte Nascente</a> nos dias 26 e 27 de Março. Foi incrível! Justamente quando eles estavam tocando minha música favorita, <a href="http://www.youtube.com/watch?v=E6rj0ryurpo">Flutuar</a>, um dos vocalistas do GAN, o Maurício, chegou bem pertinho da platéia e estendeu o microfone... e eu cantei um trechinho da música. Fiquei elétrico por alguns minutos, mas consegui voltar ao show, ainda sem acreditar que uma coisa tão fantástica como aquela tinha acontecido comigo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Depois do show, eu e meus amigos combinamos de ir comer alguma coisa. Não foi fácil encontrar um lugar, ainda mais porque era domingo à noite... Mas finalmente decidimos pela <i>Compão</i>, uma lanchonete em Icaraí. Quase todo mundo pediu sucos vitaminados, sanduíches ou coisas assim. Eu estava lá com meus amigos e, ao mesmo tempo, estava distante...</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sabe, nesse show eu tive a oportunidade de ouvir uma música incrível, do grupo Vozes Eternas. Eu não me recordo do nome da música agora, mas acho que era algo como <i>"Um Mundo Como Eu Nunca Havia Visto Em Você"</i>. Eu me lembro de que, quando ouvi essa música, fiquei extremamente pensativo à respeito da letra. E de repente, como um estalo, as coisas fizeram sentido pra mim ou, pelo menos, alguma parte delas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">As pessoas são mundos inteiros, com toda a sua vastidão, toda a sua grandeza, intensidade e beleza. Existe uma diversidade imensa de espécies neles, tanto de seres vivos microscópicos como de sentimentos gigantescos. Só que, como qualquer mundo, eles não possuem somente um único local habitado. Seria como imaginar que a Terra, sendo do tamanho que é, só possui uma única ilha em toda a sua superfície. Ou seja, é loucura.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu também entendi que nós, como seres humanos, nos achamos no direito de conquistar esses mundos, às vezes até esquecendo que nós mesmos somos mundos. Então, à primeira vista de terra, ao primeiro contato visual, já erguemos a bandeira de nossos exércitos e partimos para a conquista. Ao ancorar na praia desconhecida, já fincamos nossa bandeira ali mesmo, e nos achamos donos daquele território. E acho que é por isso que a grande maioria dos relacionamentos não dá certo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Vejam a Terra, por exemplo. Imaginem um ser de outro planeta, que jamais esteve por aqui. Imaginem que ele possui uma visão extraordinária e, mesmo flutuando na órbita de Terra, ele pode ver em detalhes tudo o que acontece em nossos solos. Agora imaginem que ele esta girando ao redor da Terra, na mesma velocidade que o nosso planeta gira em torno de si mesmo. Então, isso significa que esse Ser estaria em contato com apenas uma face da Terra, em tempo integral, não é mesmo?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Agora, imaginem que essa face seja justamente a parte do nosso planeta que corresponde à África. Esse Ser provavelmente iria se assustar com a quantidade de desastres, miséria, fome, doenças, mortes, e a esperança quase extinta de uma nação inteira. Então, quando voltasse ao próprio planeta, esse Ser diria que a Terra é um lugar triste, sombrio, cheio de chagas sociais que nunca irão se resolver, e que a humanidade provavelmente terminará por destruir à si mesma e ao planeta aonde vivem.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Imaginem, porém, que um outro ser, daquele mesmo planeta que nos observava, resolveu conferir com seus próprios olhos de extraordinária capacidade se a Terra é realmente um lugar tão ruim quanto o amigo lhe descrevera. Ele posicionou-se na órbita da Terra, exatamente como o outro fizera. Entretanto, seu campo de visão atingiu justamente a Suíça. Ele então vê que, ali, todas as pessoas parecem viver felizes, sem nenhum problema aparente. Elas se alimentam bem; seu padrão de vida é bem confortável; até mesmo médicos e dentistas parecem trabalhar apenas com aspectos de orientação e prevenção, não sendo necessário tratar qualquer problema de saúde gravíssimo, como um câncer, ou mesmo a AIDS. Então aquele Ser retorna ao seu planeta com uma imagem completamente diferente da Terra, completamente disposto e contestar o depoimento do colega, porque afinal, a Terra não poderia ser um lugar mais pacífico.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E se eu dissesse que cada um de nós é EXATAMENTE como esse ser extraterrestre?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Calma. Eu sei que essa minha teoria pode parecer um tanto confusa, mas eu já vou explicar. É que, ao longo do tempo, nós nos acostumamos a olhar para as pessoas ao nosso redor e ver somente um pequeno país, um pequeno ponto, e não o planeta inteiro, em toda a sua unidade. Sendo assim, a gente tende a julgar aquele pequeno pedaço como a representação do que acontece em toda a superfície daquele mundo e, portanto, no interior daquela pessoa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Essa maneira errada de avaliar aqueles com quem convivemos, conseqüentemente, faz com que nos encantemos completamente ou nos faz repudiar por inteiro aquele ser vivo, e ambas as atitudes são um total desrespeito àquela pessoa. Mesmo que você venha a se apaixonar por alguém, não importa se conheceu a pessoa agora ou se já convivem há algum tempo, é preciso descer à superfície, visitar cada um dos mil países que ali existem, conhecer as belezas naturais e também os conflitos existentes, os monumentos erguidos em admiração e os fragmentos de crenças que já foram derrubados, aquilo que lhe promove a paz interior e aquilo que lhe faz entrar em guerra com os outros mundos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Então eu retorno ao pequeno bote de expedição. A bandeira é fincada na areia da praia e, de certa forma, vamos ganhando espaço em uma terra que, ao primeiro momento, pode ou não ser fértil. Se desembarcamos na Itália, tudo parece lindo, romântico, e você tem a certeza de que não poderia ter escolhido um lugar melhor para chamar de <i>SEU</i>. Mas se, por ventura, desembarcamos no Iraque, fazemos questão de deixar que as águas do oceano derrubem nossa bandeira e voltamos correndo para o navio, fazendo questão de dizer a todos que encontrarmos pelo caminho que aquele é um mundo o qual não vale a pena conhecer.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Alguns ainda arriscam em se aventurar. Procurando entender aqueles conflitos, eles entram no meio do tiroteio com a bandeira nas mãos, tentando encontrar o ponto fraco daquela guerra interna, com a esperança de que, uma vez conquistado, aquele território dê ouvidos à paz. Mas dentro de nós, às vezes neva, às vezes faz um sol escaldante, às vezes o vento sopra tão forte que arranca todas as nossas folhas e, às vezes, sem que ninguém precise tocar em nada, a primavera chega reconstruindo tudo, em todos os cantinhos da gente. Mesmo aquela imensa geleira da qual nenhum desbravador teve coragem de se aproximar e descobrir o que há por detrás daquilo, diante dos raios de sol, até mesmo ela começa a derreter.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Só que nenhum de nós entende que a bandeira que carregamos com o símbolo do nosso próprio mundo é senão um presente, uma coisa extremamente importante, à ser entregue ao dono do outro mundo, como um sinal de respeito, uma aliança, e é somente o dono quem deve decidir o que fazer com ela.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Alguns de nós até entendem que a bandeira é um presente, mas infelizmente, eles ofertam suas dádivas em nome das belezas físicas. Eles não entendem que todos os mundos passam por Eras e, por essa razão, estão constantemente mudando, se transformando, não necessariamente de uma maneira positiva. O mais belo dos mundos, por exemplo, aquele onde os frutos são os mais viçosos e o solo é o mais fértil para os bons pensamentos e sentimentos, diante de uma tempestade ou de uma catástrofe, pode perder tudo aquilo que possui de encantador. Entretanto, isso não significa que esse mesmo mundo não possa se reconstruir.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Da mesma forma são as pessoas. Oferecemos à elas todo o nosso apoio, nosso carinho, respeito e compreensão. Mas quantos de nós não lhes dão as costas diante do primeiro assombro? Quantos de nós não desaparece diante daquilo que, à primeira vista, não conseguimos compreender? E quantos de nós se arriscam em cair na deriva, no meio de uma tempestade?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Entregar a bandeira é se dispor à estar sempre presente, sejam quais forem as eras que aquele mundo venha a enfrentar. É procurar ser uma luz que faça germinar todos os bons valores outra vez, quando a tempestade vier destruir tudo aquilo que achamos ser belo. É entender que todos os mundos, isto é, todas as pessoas possuem qualidades e defeitos, limites, guerras internas e momentos de paz absoluta. Presentear com a bandeira significa aceitar o outro exatamente como o conhecemos. Ainda que, depois de anos de convivência, uma guerra inesperada nos surpreenda, nos assuste, entregar nossa bandeira ao outro é o mesmo que assumir o compromisso de ser eternamente verdadeiro e incansável no que diz respeito ao progresso daquele mundo - e não nos esqueçamos de que, nesse sentido, só é possível caminhar para frente.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por mais apaixonante que o outro venha a ser, por mais cativante que seja o seu jeito de ser, de pensar, de agir, devemos nos lembrar sempre de que a beleza de cada mundo, isto é, de cada pessoa, está senão dentro delas, em seu núcleo. De outra forma, apaixonar-se pelo exterior é o mesmo que orbitar o próximo, e visualizar somente aquilo que queremos, e não a totalidade daquele ser. Porque a bandeira mais importante, aquela a que chamamos de coração, está só deve ser entregue quando conhecemos todos os continentes, e decidimos que, ainda que a tempestade chegue, residir ali é o que completará nossa presente existência.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Um dia, quando todas as pessoas, na unidade de seus mundos, resolverem desembarcar nas praias alheias, sem julgar aquele mundo inteiro por suas guerras ou por suas belezas naturais, então compreenderemos que todos os mundos podem estabelecer acordos de paz, todos os mundos podem conviver felizes perto uns dos outros, porque na essência de seus núcleos, a mesma energia pulsa vibrante, tornando-o iguais e, portanto, um ÚNICO mundo, cuja beleza só se faz eterna porque todos aqueles pequenos pontos de luz se empenham em brilhar juntos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><img src="http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcS0wTmjKB9PADZIjOtG5XNPFxf2wmfb2ZPEL3jBc9b4qjv-9Hl6-w&t=1" /></div>'Thialogo.http://www.blogger.com/profile/00881003747682490426noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8829660299299142345.post-77833523240104106132011-03-21T20:29:00.000-07:002011-03-21T20:29:38.623-07:00O bicho roxo.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil5MkXNImpuyIOXRg2Pb1obi4g51RZ7Aq4lCSaR8lSr5YBp50yoDD_Zbxx4UlE-K-VjjR_x6Y33Lh9Z_HHVZdOmyZM88Byy1A9jS8EbAQ3kb-w3r6AJvRb603oO1wucgOxeQs8WOkc0ZI/s1600/ciumes+c%25C3%25B3pia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="254" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEil5MkXNImpuyIOXRg2Pb1obi4g51RZ7Aq4lCSaR8lSr5YBp50yoDD_Zbxx4UlE-K-VjjR_x6Y33Lh9Z_HHVZdOmyZM88Byy1A9jS8EbAQ3kb-w3r6AJvRb603oO1wucgOxeQs8WOkc0ZI/s1600/ciumes+c%25C3%25B3pia.jpg" width="320" /> </a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu recebi o convite.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu aceitei ir.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu até me abasteci de precauções, não só para mim, mas também para os que estariam ao meu redor - o que demonstra claramente minha generosidade.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu cheguei lá.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu emudeci por alguns minutos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu os vi chegarem.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu estive com eles e, aos poucos, fui percebendo as engrenagens.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu percebi que minhas palavras, meus gostos e ações eram os únicos que não se encaixavam.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu cheguei a pensar em ficar calado a noite inteira, pois sentia que minha presença e o nada eram a mesma coisa.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu percebi que cada um deles tinha sua função. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu percebi que cada um deles já tinha, dela, um espaço no coração.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu percebi que minhas atitudes eram equivocadas, tais quais minhas palavras.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu percebi que eu nada tinha a oferecer que eles já não soubessem.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu percebi que ela os amava mais que a mim.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu percebi que nenhum deles me amava.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu percebi que EU não me amava.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu percebi minha loucura, e continuei a cometê-la.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu percebi que, se eu tinha um função, era somente a de fazer aquilo que nenhum deles queria fazer.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu percebi que aquela seria a última vez que nos veríamos.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">E então, vem o ciúme rasgar meu coração em mil pedaços.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Vem a solidão me envolver eternamente em seu abraço.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Eu vou partir para o nunca mais.</div>'Thialogo.http://www.blogger.com/profile/00881003747682490426noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8829660299299142345.post-92183954617697776962011-01-31T10:39:00.000-08:002011-01-31T10:39:09.316-08:00Itália ou "Diga como se estivesse comendo" ou "36 histórias sobre a busca do prazer".<div style="text-align: justify;">De todos os livros que já li, poucos prenderam tanto a minha atenção quanto <b><span style="color: #e69138;">COMER</span>, <span style="color: #660000;">REZAR</span>, <span style="color: red;">AMAR</span></b>, da autora Elizabeth Gilbert. A jornada de Liz em busca de si mesma, a maneira como reflete sobre cada lição e redescobre virtudes que ela achava ter perdido para sempre são um verdadeiro convite à auto-reflexão, ao auto-redescobrimento, e você percebe que sempre pode aprender um pouquinho mais sobre você mesmo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.ptitchef.com/upload_data/feed_data_img/156165_1M.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="http://www.ptitchef.com/upload_data/feed_data_img/156165_1M.jpg" width="200" /> </a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Ah, mas o que mais me cativa é a maneira como a autora descreve os lugares e as situações que vivencia. Na sua busca por si mesma, ela decidi visitar três países: a Itália, a Índia e a Indonésia. O que esses três países têm em comum? A Letra <b>I</b> que, em Inglês, significa "EU".</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br />
</div><blockquote><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><i>Então eu parei de tentar escolher - Itália? Índia? Ou Indonésia? - e acabei admitindo que queria viajar para os três lugares. Quatro meses em cada lugar. Um ano ao todo. É claro que isso era um sonho um pouco mais ambicioso do que "Quero comprar um estojo novo para mim". Mas era o que eu queria. E eu sabia que queria escrever sobre isso. Não era nem que eu quisesse explorar em detalhes os países em si; isso já havia sido feito. O que eu queria era explorar em detalhes um aspecto de mim mesma em relação ao contexto de cada país, em um lugar que tradicionalmente fazia muito bem aquela coisa específica. Eu queria explorar a arte do prazer na Italia, a arte da devoção na Índia e, na Indonésia, a arte de equilibrar as duas coisas. Foi somente mais tarde, depois de admitir esse sonho, que percebi a feliz coincidência de que todos esses países começam com a letra </i><b>I</b><i>, que significa "eu" em inglês. Isso me pareceu um sinal bastante auspicioso para uma viagem de autodescoberta.</i></div></blockquote><div style="text-align: justify;">E foi com essa proposta pessoal que eu aceitei o convite de <i>viajar</i> junto com a Liz, pelas páginas de seus relatos e, se possível, também descobrir um pouco mais sobre mim mesmo. Nossa primeira parada é a Itália, o berço do movimentto renascentista e um país cuja linguagem foi minuciosamente escolhida, tal como a própria Liz vem nos contar.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://rlv.zcache.com/assisi_italy_postcard-p239338976981975717qibm_400.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://rlv.zcache.com/assisi_italy_postcard-p239338976981975717qibm_400.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"> Bom, tenho que admitir que na parte estética da cidade, Liz deixou um pouco há desejar nas descrições. Ela chegou até a descrever algumas fontes e alguns lugares por sua extrema beleza, mas não com os olhos de uma artista. Entretanto, este não é o objetivo de <i>nossa</i> viagem, mas sim um <i>bônus</i>. O intuito de Liz foi redescobrir o verdadeiro sentido de <i style="color: #b45f06;">prazer</i> através da culinária italiana que é, de longe, uma das mais saborosas do mundo. É extremamente divertido essa curiosidade e a disposição com a qual ela busca pelo prato especial de cada cidade que visita na Itália. Um dos pontos mais legais dessa primeira parte é a magestosa pizza que Liz e sua amiga Sofie experimentam em sua visita à Nápoles.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><blockquote><div style="text-align: justify;"><i>Como eu poderia saber que é possível existir nesse mundo uma massa ao mesmo tempo fina </i>e<i> consistente?</i> <i>Maravilha das maravilhas! Ah, paraíso das pizzas finas, consistentes, fortes, boas de morder, deliciosas, elásticas e salgadas! Para completar, há um molho de tomate adocicado fervendo, borbulhante e cremoso que faz derreter a </i>mozzarella<i> de búfala, e o ramo de solitário de manjericão no meio do círculo de alguma forma dá a pizza inteira um brilho de ervas, mais uma festa empresta um toque de glamour a todos à sua volta. Você tenta dar uma mordida na sua fatia e a borda macia se dobra, e o queijo derretido escorre como um terreno que desliza, sujando você e tudo que está à sua volta, mas são os ossos do ofício.</i></div></blockquote><br />
<div style="text-align: justify;">Claro, nossa estada em Roma e nas demais cidades da Itália não consiste apenas no fato de comer uma fatia de pizza deliciosa de pizza por dia, quero dizer, não <i>inteiramente</i> pelo menos. Entre um <i>gelato</i> e outro, Liz faz muitos amigos, pessoas que muito a ajudam em sua viagem interior - embora ela se esforce ao máximo para manter isso em segredo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E<b>liz</b>abeth também descobre que não se pode viajar para outro continente e deixar seus problemas guardados em caixas, em um quarto de entulhos no apartamento de sua irmã. Ela tem de encarar duas velhas inimigas: a Solidão e a Depressão. Eu mesmo, em minha assiduidade por relacionamentos amorosos, me pergunto se seria capaz de visitar uma cidade tão romântica quanto Roma estando sozinho e vendo todos aqueles casais apaixonados e o amor zunindo de forma inebriante ao meu redor, mas não para mim. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Entretanto, a experiência de Liz me lembrou uma frase da qual muito gosto:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><blockquote><blockquote><blockquote><i>Navegar é preciso. Amar não.</i></blockquote></blockquote></blockquote><div style="text-align: justify;">Com tantas belas coisas para se desfrutar ao nosso redor, seja em Roma ou no Rio de Janeiro, por que o Amor ou a ausência dele tem que ser a coisa que define nosso estado de espírito? Acredito que fazer do Amor uma necessidade é a atitude mais errada que um ser humano pode cometer. E mais errado ainda e fazer desse sentimento uma corrento que nos prende à outrem, quando Amor deveria ser um laço a <u>unir</u> duas vidas.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Outra coisa que me chamou a atenção é justamente o momento que Liz descobre que sua maior aliada na luta contra a depressão é justamente ela mesma. Num momento comum, ela acaba se depara com o próprio reflexo em um espelho e seu cérebro lhe diz que trata-se de uma pessoa conhecida, uma pessoa amiga. Liz então corre ao encontro de si mesma, na esperança de saudar, de estreitar mais os laços com seu íntimo. Quando li essa parte, reconheci o imenso sentido que existe nessa atitude e, mais uma vez, reconheci nosso erro em ter tanta devoção nas outras pessoas para que aparem nossas quedas e aliem nossas arestas, quando a primeira pessoa em toda a Terra que deveria estar atenta a isso somos NÓS MESMOS.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Buscar o verdadeiro sentido do <span style="color: #e69138;">prazer</span>. Muita gente acredita que essa palavrinha, prazer, está ligada a outra ainda mais curtinha: sexo. Bom, talvez estejam certos, as duas palavras têm uma certa intertextualidade, mas sexo não é o único significado de prazer. Acredito que o verdadeiro significado, o sentido mais próximo de prazer é simplesmente aquilo que nos satisfaz, que nos deixa felizes por determinado espaço de tempo. Ler um bom livro, assistir um bom filme, comer algo saboroso ou aprender um novo idioma (como no caso de Liz) são alguns exemplos de pequenas coisas que nos mostram que o prazer também se extrai de coisas simples e, por que não, individuais. Mais uma prova de que muitas coisas em nossas vidas são mais dependentes de nós mesmos do que dos outros.</div><blockquote><div style="text-align: justify;"><i>"Então fique sozinha, Liz. Aprenda a lidar com a solidão. Acostume-se a ela, pela primeira vez em sua vida. Bem-vinda à experiência humana. Mas nunca mais use o corpo ou as emoções de outra pessoa como um modo de satisfazer seus próprios anseios não realizados."</i></div></blockquote><div style="text-align: justify;">Nessa viagem à Itália, Liz visita um famoso ponto turístico, o Augusteum. Trata-se do mausoléu construído por Otaviano Augusto para abrigar seus restos mortais e os de sua família, por toda a eternidade. Só que as cinzas do Imperador romano foram roubadas pouco antes do séulo XII - não se sabe como e nem quem é o autor do crime. Mas o fato é que, depois disso, o Augusteum teve muitas outras serventias que não um mausoléu: foi o refúgio da poderosa família Colonna, na tentativa de fugir dos inúmeros ataques de príncipes guerreiros; foi transformado em um vinhedo e, logo depois, em um jardim renascentista, depois em praça de tourada, depósito de fogos de artifício e até em uma sala de concertos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://images.travelpod.com/users/tammiandchrissy/1.1210932120.the-augusteum.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" src="http://images.travelpod.com/users/tammiandchrissy/1.1210932120.the-augusteum.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Por fim, em 1930, o líder fascista Mussolini confiscou a propriedade para transformá-la novamente em um mausoléu, para que ali fossem guardados os restos mortais do próprio ditador - muito embora o Augusteum não tenha sido usado para este fim. E então ele foi esquecido, mesmo com toda uma cidade crescendo e fervilhando seu redor. O Augusteum ainda permanece em silêncio, guardando os segredos de todos os séculos que viveu.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Liz reflete sobre o assunto e chega à uma interessante conclusão: no final das contas, a vida não é tão caótica assim. É apenas este mundo que é caótico e nos traz mudanças que ninguém poderia ter previsto. Esse monumento nos alerta para que não nos apeguemos a nenhuma idéia inútil sobre quem somos, o que representamos, a quem pertencemos ou qual função fomos criados para executar. Porque você pode começar um ano de sua vida como um glorioso mausoléu, e terminar este mesmo ano sendo apenas um depósito de fogos de artifício. Para estas ou para outras, é preciso sempre estar preparado para as constantes e intermináveis ondas de tranformações.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ainda nessa busca pelo prazer, Liz e eu temos algo em comum: gostamos de copiar aquilo que traz prazer aos outros. Quero dizer, ela fica extremamente empolgada com uma moça australiana que está viajando de mochilão pela Europa, a caminho Eslovênia. Liz automáticamente se pergunta: <i>Por que eu nunca viajo para lugar nenhum? Eu quero ir à Eslovênia</i>. Eu, por minha vez, percebi que ler este livro está me dando uma imensa vontade de aprender mais sobre a cultura Italiana, e não duvido nada que eu vá me encantar pela Índia e pela Indonésia também, quando eu e ela estivermos visitando estes países, mas não consigo controlar. Estou sendo tomado por uma louca vontade de aprender, de descobrir, de conhecer outras culturas. De repente, eu estou tendo que lidar com uma irrefreável vontade de conhecer todos os países do mundo, de aprender a cultura e a língua de cada um deles e depois levar isso ao mundo. Se tornou um hobbie para mim, tanto é que na semana passada entrei em uma livraria e comprei três guias de viagem: um sobre Nova York, outro sobre Londres e outro ainda sobre Tóquio. Ao folhear estes livros, senti-me próximo do prazer de realizar um pedacinhoso dessa nova ambição, mesmo não podendo ainda visitar estes e outros países.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Liz tem um amigo muito inteligente, o Giulio. É ele que, durante uma conversa em um dia de chuva, revela à Liz um fato que me deixou intrigado.</div><div style="text-align: justify;"> </div><blockquote><div style="text-align: justify;"><i>- Você não sabe que o segredo para entender uma cidade e seus habitantes é aprender qual é a palavra da rua?</i></div></blockquote><div style="text-align: justify;">E ele explica que toda cidade tem uma única palavra que define, que identifica a maioria das pessoas que mora ali. Se fosse possível ler o pensamento de cada uma das pessoas que passam por nós nas ruas de qualquer cidade, descobririamos que a maioria delas está tendo o mesmo pensamento. Qualquer que seja o pensamento da maioria - essa é a palavra da cidade. E, se a sua palavra pessoal não combinar com a palavra da cidade, então ali não é realmente o seu lugar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Giulio diz à Liz que a palavra de Roma é SEXO. Liz, como uma americana, diz à Giulio que as palavras de Nova York e de Los Angeles são, respectivamente CONQUISTAR e CONSEGUIR e a própria Liz então chega á conclusão de que sua viagem se fez necessaria porque sua<b> palavra interior</b> não se encaixava mais com as palavras da cidade onde vivia. Aliás, ela também sente que seu coração não reside em Roma, já que sua conexão com a cidade não está ligada ao Sexo, e sim ao descobrimento literal do prazer. Essa é a maior necessidade que a motiva em continuar sua viagem, dessa vez rumo à Índia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Liz reflete por um tempo, tentando identificar qual seria sua palavra. CASAMENTO? FAMÍLIA? PRAZER? DEVOÇÃO? ESCONDER? SEXO?</div><div style="text-align: justify;"> Não. Definitivamente, nenhuma dessas palavras. Na verdade, ela acaba chegando a conclusão de que não apenas desconhece sua própria palavra, como também tem a consciência de que esse ano de viagem do qual o livro trata também propõem esse tema: descobrir sua palavra interior, pessoal.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu pensei um pouco também, sobre qual seria minha palavra. À princípio, também pensei como Liz, em FAMÍLIA, mas percebi que meu amor e meus sacrifícios não se estendem à todos os membros da minha árvore genealógica. Pensei em GENEROSIDADE, mas então fui invadido por dezenas de lembranças dos meus comportamentos egoístas. Pensei em DISPOSIÇÃO, mas lembrei de todas as vezes em que a preguiça me sucumbiu. Pensei em INTENSIDADE, mas lembrei de todas as vezes em que não pintei, não escrevi, não cantei, não falei ou interpretei como sou capaz de fazer. Pensei em APRENDER, ou CONHECER, mas descobri que ainda julgo muito rápido aquilo que não conheço e que ainda sou um pouco fechado ao que o mundo ao meu redor me diz.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Foi aí que entendi. Minha palavra veio à tona, como uma bolha de ar que vem subindo do fundo ocenao, prestes a emergir e se juntar ao ar da atmosfera: <b>TRANSFORMAÇÃO</b>. Porque estou sempre indo à vários lugares, porque estou sempre conhecendo novas pessoas, porque estou sempre vivenciando novas situações e tento aprender com cada uma dessas coisas. Estou sempre ouvindo as pessoas que amo dizendo que estou diferente, que estou mais adulto, mais maduro, muito embora eu me veja como uma criança impaciente. Mas a paixão que tenho pelo mundo e pelo que nele vive, minha vontade de pegar todo o conhecimento, toda a cultura, todos os dons e ofícios e abrigá-los dentro de mim, tudo isso não poderia me traduzir em outra palavra senão está: TRANSFORMAÇÃO.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><blockquote><div style="text-align: justify;"><i>"Cheguei à Itália abatida e magra. Ainda não sabia o que eu merecia. Talvez eu ainda não saiba totalmente o que mereço. Porém, o que sei é que, ultimamente, eu me recuperei - graças à alegria de prazeres inofensivos - e tornei-me alguém muito mais intacto. A maneira mais difícil, mais fundamentalmente humana de dizer isso é que eu </i>engordei<i>.</i> <i>Existo mais agora do que há quatro meses atrás. Deixarei a Itália perceptivelmente maior do que quando cheguei aqui. E irei embora com a esperança de que a expansão de uma pessoa - a ampliação de uma vida - seja realmente um ato de valor neste mundo. Mesmo que essa vida, só dessa vezinha, por acaso seja apenas minha e de mais ninguém</i>."</div></blockquote><div style="text-align: justify;">Eu cheguei ao Rio de Janeiro completamente desnorteado e confuso quanto a minha própria personalidade. Havia algo estranho dentro mim, como uma mistura entre o que eu já fui um dia e uma tempestade de coisas que eu nunca quis ser. Embora eu tenha conquistado muitas das coisas com as quais sempre sonhei (como fazer parte de uma banda, cantar em um palco para mais de quatrocentas pessoas e viver um romance dos sonhos), eu ainda não estava plenamente feliz, e estava começando a fazer coisas que não faria em meu íntimo comum.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Depois de um ano vivendo no Estado Carioca, [re]descobri muito mais sobre mim mesmo. Entendi que não existo simplesmente, mas que estou vivo, e isso me dá uma importância única, singular. Eu percebi que posso e devo desempenhar um papel neste mundo, que posso fazer uma pequena parte para melhorar a mim mesmo e, assim, um pedacinho do mundo ao meu redor. É como olhar para um enorme quebra-cabeça e perceber que existe uma peça em minhas mãos, e que cabe a mim e somente a mim colocá-la junto às outras. Claro, a paisagem só estará completa e perfeita quando toda a humanidade resolver colocar suas peças junto às nossas também. Eu não sei quanto tempo isso vai demorar, mas talvez, quando eles perceberem o delicado esplendor de um mundo melhor bem ao alcance deles, eles estedam suas mãos e, completando sua parte, se juntem à nossa dança.</div><div style="text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://i.s8.com.br/images/toys/cover/img6/21374136.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://i.s8.com.br/images/toys/cover/img6/21374136.jpg" /></a></div><br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"> </div></div>'Thialogo.http://www.blogger.com/profile/00881003747682490426noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8829660299299142345.post-53292677535017420082011-01-28T17:40:00.000-08:002011-01-28T17:40:10.903-08:00Pressionada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho3uRX_8n7oFPlTcC7zO_zmCbMkwXQeuzsFi5TO72UquKKXJjL1e2YBIHU9g4vL_qhk5O0M-zrXrDl6GixDfgmVNzuFYxxrMFWl-eLhylprVd4hLWO16f_plkk34RsgXV5ErS8KfmG8Ks/s1600/irm%25C3%25A3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEho3uRX_8n7oFPlTcC7zO_zmCbMkwXQeuzsFi5TO72UquKKXJjL1e2YBIHU9g4vL_qhk5O0M-zrXrDl6GixDfgmVNzuFYxxrMFWl-eLhylprVd4hLWO16f_plkk34RsgXV5ErS8KfmG8Ks/s320/irm%25C3%25A3.jpg" width="240" /></a></div><br />
<br />
<div style="text-align: left;"><i>Mãe sai do banheiro após o banho.</i></div><div style="text-align: left;"><b>EU:</b> Ei, pode esquecer. EU vou tomar banho agora.</div><div style="text-align: left;"><b>IRMÃ:</b> Ah, não! Thi, por favor, deixa eu ir primeiro.</div><div style="text-align: left;"><b>EU:</b> Não.</div><div style="text-align: left;"><b>IRMÃ:</b> Por favor.</div><div style="text-align: left;"><b>EU:</b> NÃO.</div><div style="text-align: left;"><b>IRMÃ:</b> É que eu...</div><div style="text-align: left;"><b>EU:</b> Humm...?</div><div style="text-align: left;"><b>IRMÃ:</b> Eu preciso fazer o... número 2.</div><div style="text-align: left;"><b>EU:</b> Eita!</div><div style="text-align: left;"><b>IRMÃ:</b> É SÉRIO.</div><div style="text-align: left;"><b>EU:</b> Então vai no outro banheiro, ora.</div><div style="text-align: left;"><b>IRMÃ:</b> Aaah, não!</div><div style="text-align: left;"><b>EU:</b> Por que?</div><div style="text-align: left;"><b>IRMÃ:</b> Porque tem baratas morando lá.</div><div style="text-align: left;"><b>EU:</b> E daí?</div><div style="text-align: left;"><b>IRMÃ:</b> Eu não consigo...</div><div style="text-align: left;"><b>EU:</b> Hã?!</div><div style="text-align: left;"><b>IRMÃ:</b> Não consigo fazer com alguém me olhando.</div><div style="text-align: left;"><b>EU:</b> O QUÊ?!</div><div style="text-align: left;"><i>Pausa para risada.</i></div><div style="text-align: left;"><b>EU:</b> Tá bom, tá bom. Eu vou te dar dez minutos.</div><div style="text-align: left;"><b>IRMÃ:</b> Só? Ih, não vai dar não.</div><div style="text-align: left;"><b>EU:</b> Ai meu Deus. Por que?</div><div style="text-align: left;"><b>IRMÃ:</b> Não consigo fazer sob pressão.</div>'Thialogo.http://www.blogger.com/profile/00881003747682490426noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8829660299299142345.post-42652147699740160722011-01-26T19:15:00.001-08:002011-01-28T17:09:20.062-08:00Dancing with myself<h3></h3><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQWvOGQvJ9HN-aK6SgaOt6jvuF70plq3J5uaTGStr6VES7_pO-EH89975Qdy9r-gaTG6cYO_U1l_BojC04D4_XUQmDScO8kzysfx79rxg3Xpr9Tw-V2H6i_vf3URGHZtCK1pu-kSoPLBk/s1600/Dancing+With+My+Self.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQWvOGQvJ9HN-aK6SgaOt6jvuF70plq3J5uaTGStr6VES7_pO-EH89975Qdy9r-gaTG6cYO_U1l_BojC04D4_XUQmDScO8kzysfx79rxg3Xpr9Tw-V2H6i_vf3URGHZtCK1pu-kSoPLBk/s320/Dancing+With+My+Self.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #cc0000;"> </span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #cc0000;"> </span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #cc0000;">On the floor of Tokyo</span> / Nas pistas de Tokyo<br />
<span style="color: red;">Or down in London town to go</span> / Ou então nas ruas da cidade de Londres<br />
<span style="color: red;">With the record selection</span> / Com uma seleção de gravações<br />
<span style="color: red;">With the mirror reflection</span> / Com o reflexo do espelho<br />
<span style="color: red;">I'm dancing with myself</span> / Estou dançando comigo mesmo</div><br style="color: black;" /><div style="color: black; text-align: center;"><span style="color: #990000;">When there's no-one else in sight</span> / Quando não tem mais ninguém à vista<br />
<span style="color: #990000;">In the crowded lonely night</span> / Na solitária noite cheia de pessoas<br />
<span style="color: #990000;">Well I waited so long</span> / Bem, eu esperei tanto tempo<br />
<span style="color: #990000;">For my love vibration</span> / Por minha vibração de amor<br />
<span style="color: #990000;">And I'm dancing with myself</span> / E estou dançando comigo mesmo</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: red;">I'm dancing with myself</span> / Dançando comigo mesmo<br />
<span style="color: red;">I'm dancing with myself</span> / Dançando comigo mesmo<br />
<span style="color: red;">Well there's nothing to lose</span> / Bem, não há nada a perder<br />
<span style="color: red;">And there's nothing to prove</span> / E não há nada para provar<br />
<span style="color: #cc0000;">And I'll be dancing with myself</span> / Eu estarei dançando comigo mesmo</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">If I looked all over the world</span> / Se eu procurasse por todo o mundo<br />
<span style="color: #990000;">And there's every type of girl</span> / E existe todo tipo de garota<br />
<span style="color: #990000;">But your empty eyes</span> / Porém seus olhos vazios<br />
<span style="color: #990000;">Seem to pass me by</span> / Parecem me ignorar<br />
<span style="color: #990000;">Leaving me dancing with myself</span> / E me deixam dançando comigo mesmo</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: #cc0000;">So let's sink another drink</span> / Então vamos tomar outra bebida<br />
<span style="color: #cc0000;">'Cause it'll give me time to think </span>/ Pois isso me dará tempo para pensar<br />
<span style="color: #cc0000;">If I had the chance</span> / Se eu tivesse uma chance<br />
<span style="color: #cc0000;">I'd ask the world to dance</span> / Eu convidaria o mundo para dançar<br />
<span style="color: #cc0000;">And I'll be dancing with myself</span> / E estaria dançando comigo mesmo</div><div style="text-align: center;"> </div><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">Oh dancing with myself</span> / Oh dançando comigo mesmo<br />
<span style="color: #990000;">Oh dancing with myself</span> / Oh dançando comigo mesmo<br />
<span style="color: #990000;">Well there's nothing to lose</span> / Bem, não há nada a perder<br />
<span style="color: #990000;">And there's nothing to prove</span> / E não há nada para provar<br />
<span style="color: #990000;">And I'll be dancing with myself</span> / Eu estarei dançando comigo mesmo</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: #cc0000;">So let's sink another drink</span> / Então vamos tomar outra bebida<br />
<span style="color: #cc0000;">'Cause it'll give me time to think </span>/ Pois isso me dará tempo para pensar<br />
<span style="color: #cc0000;">If I had the chance</span> / Se eu tivesse uma chance<br />
<span style="color: #cc0000;">I'd ask the world to dance</span> / Eu convidaria o mundo para dançar<br />
<span style="color: #cc0000;">And I'll be dancing with myself</span> / E estaria dançando comigo mesmo</div><br style="color: #990000;" /><div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">So let's sink another drink</span> / Então vamos tomar outra bebida<br />
<span style="color: #cc0000;"><span style="color: #990000;">'Cause it'll give me time to think</span> </span>/ Pois isso me dará tempo para pensar</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: red;">Dancing with myself</span> / Dançando comigo mesmo<br />
<span style="color: red;">Oh dancing with myself</span> / Oh dançando comigo mesmo<br />
<span style="color: red;">Well there's nothing to lose</span> / Bem, não há nada a perder<br />
<span style="color: red;">And there's nothing to prove</span> / E não há nada para provar<br />
<span style="color: #cc0000;">And I'll be dancing with myself</span> / Eu estarei dançando comigo mesmo</div><br />
<div style="text-align: center;"><span style="color: #990000;">Dancing with myself</span> / Dançando comigo mesmo<br />
<span style="color: #990000;">Dancing with myself</span> / Dançando comigo mesmo<br />
<span style="color: #990000;">Well there's nothing to lose</span> / Bem, não há nada a perder<br />
<span style="color: #990000;">And there's nothing to prove</span> / E não há nada para provar<br />
<span style="color: #990000;">And I'll be dancing with myself</span> / Eu estarei dançando comigo mesmo</div>'Thialogo.http://www.blogger.com/profile/00881003747682490426noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8829660299299142345.post-58197046902757795962011-01-11T19:31:00.000-08:002011-01-28T17:48:02.567-08:00O Homem de Quatro Pés<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTK8b5_VPdV-5HzA3d9bcJ5ZVPUmFmglT1Y2x90bvE8IymQdgOKoNnFUBPXjNA60015aNPJiXHenuT2G8fGCuWDkeQLcZ6WWjJy4deKCf9b60Ry3aNT2SOoewAIEdiwNkDy6H0bnRG1-M/s1600/eatpraylove.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>Você já ouviu falar de um livro chamado "<b>Comer, Rezar, Amar</b>", de Elizabeth Gilbert? Trata-se da história da autora, em uma viagem em busca do auto-conhecimento. Depois de se divorciar do marido e, logo em seguida, viver um conturbado romance com um rapaz bem mais novo do que ela, Liz Gilbert, uma escritora e jornalista resolve fazer uma viagem em visita à Itália onde, por meio da culinária, ela descobre o significado e a importância do Prazer; à Índia onde, por meio da cultura, tradições e ritos, ela recupera sua verdadeira fé; e à Indonésia, onde ela encontra o Amor e, consequentemente, encontra também à si mesma.<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Onde eu quero chegar com isso? E o que isso tem haver com esse blog? É simples.</div><div style="text-align: justify;">Nessa viagem, Liz conhece uma figura muito cativante: Ketut, o xamã. E ele ensina uma importante lição à Liz:</div><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"><i>"Então, quando o velhote me perguntou pessoalmente o que eu queria de verdade, encontrei outras palavras, mais verdadeiras.</i></span></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"><i><br />
</i></span></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"><i>- Eu quero ter uma experiência duradoura de Deus. Algumas vezes, eu sinto que entendo a divindade de Deus, mas depois deixo de entender porque me distraio com meus desejos e medos mesquinhos. Quero estar com Deus o tempo todo.Mas não quero ser nenhuma monja, nem abrir mão por completo dos prazeres mundanos. Acho que o que eu quero é aprender a viver neste mundo e desfrutar seus prazeres, mas também me dedicar a Deus.</i></span></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"><i><br />
</i></span></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"><i>Ketut disse que podia responder minha pergunta com uma imagem.</i></span></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i><br />
</i></span></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><i><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTK8b5_VPdV-5HzA3d9bcJ5ZVPUmFmglT1Y2x90bvE8IymQdgOKoNnFUBPXjNA60015aNPJiXHenuT2G8fGCuWDkeQLcZ6WWjJy4deKCf9b60Ry3aNT2SOoewAIEdiwNkDy6H0bnRG1-M/s1600/eatpraylove.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTK8b5_VPdV-5HzA3d9bcJ5ZVPUmFmglT1Y2x90bvE8IymQdgOKoNnFUBPXjNA60015aNPJiXHenuT2G8fGCuWDkeQLcZ6WWjJy4deKCf9b60Ry3aNT2SOoewAIEdiwNkDy6H0bnRG1-M/s320/eatpraylove.jpg" width="232" /> </a></i></span></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: center;"></div><div style="font-family: Verdana,sans-serif; text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"><i>Mostrou-me um esboço que havia desenhado certa vez durante a meditação. Era uma figura humana andrógina, de pé, com as mãos unidas em prece. Mas essa figura tinha quatro pernas e não tinha cabeça. Onde deveria estar a cabeça, havia apenas um tufo selvagem de samambaias e flores. Em cima do coração estava desenhado um pequeno rosto sorridente.</i></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><i><br />
</i></span><br />
<span style="font-size: x-small;"><i>- Para encontrar o equilíbrio que você busca - disse Ketutu, por intermédio do tradutor - é nisso que você tem de se transformar. Precisa manter os pés planatados com tanta firmeza na terra que é como se tivesse quatro pernas, em vez de duas. Assim, você consegue permanecer no mundo. Mas você tem que parar de ver o mundo através da sua cabeça. Em vez disso, precisa olhar pelo coração. Assim você vai conhecer Deus." </i></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Quando li essa trecho, percebi que faz todo o sentido. Percebi que, assim como Liz, eu também sinto um grande desejo de aprender a viver neste mundo. Ao conselho do xamã e até mesmo pela propósta do livro, decidi partir na mesma viagem que a Liz fez - não a da Itália ou Índia, mas a do auto-conhecimento.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E por que ser egoísta ao ponto de guardar isso só para mim? Por que não fazer como a Liz e dividir essa experiência tão maravilhosa e gratificante com o mundo? E daí surgiu a idéia de criar o blog, e relatar aqui os aprendizados que essa viagem vai me trazer, as vitórias e as derrotas, sim, mas principalmente o crecimento dentro desses dois campos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E aí, resolvi conhecer a trilha, com um passo dos meus quatro pés de cada vez. Eu nunca tinha experimentado andar com quatro pernas antes e, por isso, confesso que estou encontrando certa dificuldade, mas eu me lembro de que também foi assim quando experimentei andar primeiramente com duas. E se eu consegui, por que não o faria também agora?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Até breve, e lembrem-se: <b>um pé de cada vez</b>, mas <u>todos os quatro firmes no chão</u>.</div>'Thialogo.http://www.blogger.com/profile/00881003747682490426noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8829660299299142345.post-60949039990182283772010-10-17T19:55:00.000-07:002011-01-28T16:41:26.306-08:00Não brinque com meus olhos<!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables/> <w:SnapToGridInCell/> <w:WrapTextWithPunct/> <w:UseAsianBreakRules/> </w:Compatibility> <w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman";}</style> <![endif]--> <br /><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Por favor, não brinque com meus olhos</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Eles te seguem por onde for</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Acompanhando o contorno dos lábios</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Desejando o teu Amor</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Por favor, não brinque com minhas mãos</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Elas tremulam quando você me toca</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Um suspiro, uma ilusão</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>E eu não vejo o fim da rota</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Por favor, não brinque com meus lábios</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Eles sonham em alcançar os teus</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Quase tanto quanto eu sonho</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Em me perder num beijo seu</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><br /></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Por favor, não brinque com meu coração</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Ele palpita como um pássaro</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Desejando vencer o espaço</i></div><div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i>Que impede nossa paixão</i></div><div class="MsoNormal" style="text-align: right;"><br /></div><div class="MsoNormal" style="text-align: right;"><b>T. Augusto </b></div>'Thialogo.http://www.blogger.com/profile/00881003747682490426noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8829660299299142345.post-63819751138427563062010-09-29T16:30:00.000-07:002011-01-28T16:41:26.308-08:00Um trem, várias estações.<div style="text-align: justify;">Às vezes eu penso na vida como um trem correndo nos trilhos. O maquinista? O Destino, é claro. Ele conduz o trem e seus passageiros por diferentes caminhos. Tem horas em que a viagem é tranquila e a paisagem é linda, mas tem horas em que tudo é cinza e nublado e o trem balança tanto que parece que vai desmontar. Há todo momento pessoas sobem e descem e o lugar ao nosso lado de repente fica vago para, logo em seguida, ser ocupado por alguém diferente. Nós mesmos levantamos e trocamos de lugar - às vezes até de vagão, mas o fato é que a viagem nunca para, nunca termina, porque sempre haverá um novo trem, com um novo destino, em uma próxima estação.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Bom, o meu trem não tem parado mesmo. São tantas as paisagens que tenho visto ultimamente, são tantas as pessoas que vêm sentar ao meu lado e são tantas as mudanças de vagão que eu quase não tive tempo para voltar a falar dessa minha viagem. Mas voltei, voltei porque senti o quanto estou devendo assuntos aqui como, por exemplo, a visita de minha mãe ao meu vagão e como isso me deixou surpreso - e tenso - ao longo daquela semana.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eu sei que eu deveria ter ficado feliz com a chegada de minha mãe, e de fato fiquei. Mas eu tinha me esquecido de como é viver com ela, quero dizer, depois de oito meses distante você acaba esquecendo como é viver com alguém perguntando se você tem lavado atrás das orelhas, se está precisando cuecas e meias novas, se está escovando os dentes e se está lavando direito o... bem, a questão é que viver isso outra vez pode ser aterrorizante, sufocante, sim, mas é também maravilhoso e faz com que minha existência se complete com a certeza de que pelo menos uma pessoa nesse mundo me ama no modo <i>incomensurável</i> e essa é a maior dádiva que a vida (seja ela imortal ou não) pode nos oferecer!</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz3dpvRwHIltUCZDtwpDGZc6fTZNQbIQ2Jepd0w_nqq4GpNXmG6QtFcPOFQmOOC6oCCvyXcA6GsFDhe8OH9nBRoRk2nIA_5ee4VxxlX_gWZ-LZ9qZfAsJ8nBrhCI5lQXU7UBwD6PTw9rGS/s1600/13-09-10_102109.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz3dpvRwHIltUCZDtwpDGZc6fTZNQbIQ2Jepd0w_nqq4GpNXmG6QtFcPOFQmOOC6oCCvyXcA6GsFDhe8OH9nBRoRk2nIA_5ee4VxxlX_gWZ-LZ9qZfAsJ8nBrhCI5lQXU7UBwD6PTw9rGS/s320/13-09-10_102109.jpg" width="320" /></a></div><br /><br /><br /><div style="text-align: justify;">Quando estou com ela, em alguns momentos, eu tenho vontade de <i>descer do trem</i>. Não é que <i>ela</i> me cause essa sensação, não mesmo! Acho que é minha agonia é saber o quanto ela me ama, o quanto está disposta a suportar o peso do mundo só pra me ver feliz e/ou pra não me ver sofrer, e eu me sinto <b>insuficiente</b> diante de tudo isso. Mas eu a amo, muito, bem além da minha capacidade e acho engraçado como ela tem o dom de ver em mim aquilo que nem eu mesmo consigo enxergar. Me sinto um monstro por não me empenhar em retribuir tudo aquilo que ela faz por mim. Embora, às vezes, eu não consiga entender a sua maneira de me amar, sei que isso é uma das coisas que torna a minha vida especial, sei que é isso que faz o meu sol brilhar todos os dias e sei que é isso me mantêm protegido, não importa aonde eu vá. E, por isso, sou grato, sou feliz!</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFB3lFVLUEzfcEV7xM9C252lqdvsXo8fPw4be8bSFt_BhXX_DL1-bWD_anN3bO_LEWyHBYo0YbTtgkioPLUkw7SocH-RbIztr2WhIO0knzH-Ylasu6zhVY1VFcTb2vzkiJEg-713cNwkan/s1600/13-09-10_102007.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFB3lFVLUEzfcEV7xM9C252lqdvsXo8fPw4be8bSFt_BhXX_DL1-bWD_anN3bO_LEWyHBYo0YbTtgkioPLUkw7SocH-RbIztr2WhIO0knzH-Ylasu6zhVY1VFcTb2vzkiJEg-713cNwkan/s320/13-09-10_102007.jpg" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">E mais uma vez, eu e minha mãe nos separamos. Ela voltou para o vagão dela - onde eu já estive, por mais de uma vez, e agora, ambos seguimos viagens rumo à estações desconhecidas e nosso destino, ainda que pré-determinado em nossos <i>tickets,</i> não está isento de paradas, surpresas e, claro, alterações. Eu não sei dizer se agora eu estou mais consciente em minha poltrona ou se ela ainda é leve e confortável demais para que eu me dê conta da realidade. Eu só sei que a cada momento eu me sinto mais perto do meu destino - não o final, mas o que com certeza vai fazer com que eu mude de vagão outra vez.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por enquanto eu sigo neste aqui. La fora, às vezes chove, às vezes faz sol e, aqui dentro, as pessoas com quem já me habituei fazem com que eu me sinta em casa. Não sei como vou sobreviver sem elas, mais tarde, e às vezes, quando olho pro meu ticket, vejo que minha próxima parada ainda não foi determinada e isso me deixa nervoso, ansioso. Eu gosto deste vagão, gosto de como ele parece se ajustar à minha pessoa e como tudo nele vai se tornando familiar pra mim. Eu detestaria ter que descer agora, ou passar para outro vagão, mesmo sabendo que novos destinos são sinônimos de novas aprendizagens, novas histórias e novas companhias - e talvez, em outro vagão, eu finalmente encontre aquilo que venho procurando há tempo. Afinal, que outro sentido tem a viagem senão nos permitir buscar no mundo, aquilo que na verdade já existe em nós mesmos?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Grande abraço e até a próxima. ;]</div>'Thialogo.http://www.blogger.com/profile/00881003747682490426noreply@blogger.com1